Jornal Correio de Uberlândia - coluna "Opinião do Leitor"
04-09-2008
Arteterapia
Muitos fatores afetam o desenvolvimento das crianças como: a família, a cultura, os valores da comunidade em que nasceu. É um conjunto que envolve a formação da personalidade humana. Para Winnicott (1990), “o desenvolvimento do ser humano está na interação com o ambiente”. A criança agressiva apresenta reações vivenciais hostis e tem dificuldade de adaptação. Devido à conduta explosiva tende a criar estresse na relação com a família, com a escola e nas relações interpessoais em geral.
A agressividade tem origem em vários contextos e a criança agressiva tem a necessidade de ser amada, valorizada e acolhida. As crianças envolvidas em situações agressivas não aprenderam as habilidades sociais necessárias e desejáveis para se relacionar com as pessoas e esse transtorno se não for trabalhado na infância pode atrapalhar na vida adulta. Ao trabalhar esse transtorno pode-se facilitar o equilíbrio das emoções gerando saúde física, mental e espiritual.
O profissional deve estudar, conhecer e saber diferenciar entre os comportamentos próprios da infância (travessuras) tão comuns devido ao excesso de energia e os do transtorno que podem afetar a criança no dia-a-dia. As crianças com comportamentos agressivos, na maioria das vezes, sentem-se ameaçadas e estão propensas a reagir sempre na defensiva. São particularmente sensíveis e essas defesas são para compensar talvez algum sentimento negativo.
No entanto, mais do que fazer mal a alguém elas estarão se prejudicando e é importante reconhecer que, se nada for feito, pode-se ter perdido uma boa chance de evitar problemas futuros. A arteterapia marca um novo espaço terapêutico, que busca uma identidade própria focalizando principalmente o fazer, o sentir e o refletir das artes plásticas, da música e de outros recursos expressivos. Normalmente, a criança agressiva tem uma dívida emocional muito grande e não compreende seus sentimentos.
O indivíduo que sofre de tendências agressivas apresenta bloqueios de crescimento, de estado de conflitos, de insatisfação, não consegue se amar, não se sente digna de amor pelo que ele é, e apresenta também grande baixa auto-estima. Se ele não pode se amar, também não apresenta condições necessárias para estabelecer relações amorosas.
O amor recebido na infância é essencial para o indivíduo desenvolver a capacidade de se amar e ao outro. Olhar para criança, escutá-la, deixar fluir suas buscas e seus sentimentos, sem fazer julgamentos de valores é acreditar no ser humano, na relação consigo mesmo e com o mundo. É acolher. É simplesmente sentir. Talvez seja este o começo do processo da cura emocional.
MARA ASSIS MARTINS
Arteterapeuta e artista plástica
Em 2002 tive o privilégio de participar das exposições do Projeto FUNDINHO CULTURAL, teve como objetivo mostrar com arte e cultura a história do Fundinho, o bairro mais antigo de Uberlândia. O fundinho cultural mostrou que aqui se faz história, arte e cultura.
I e II Coletiva Artistas do Fundinho
III e IV Coletiva de Artistas do Fundinho
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O projeto
Noite cultural
Casa Cor - participei algumas vezes
Jornal Correio de Uberlândia
Encarte especial Casa Cláudia
Casa Cor Triângulo Mineiro
Casa Cor (Esta peça foi desenvolvida juntamente
c/ minha amiga e parceira Janaina Penatti)
Casa Cor
Mara Assis e Janaína Penatti
Folha do Sudoeste